Para defesa de Dantas, prisão é ‘ilegal e arbitrária’
9 de julho de 2008 11:38Advogado de Dantas diz que documentos na Itália sobre Brasil Telecom "comprometem personagens ligados ao governo"
Advogado de Dantas diz que documentos na Itália sobre Brasil Telecom "comprometem personagens ligados ao governo"
A Polícia Federal (PF) vai investigar se houve conexões entre a fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul - que desviou R$ 44 milhões da autarquia gaúcha entre 2003 e 2007 mediante a dispensa de licitação para a contratação de empresas que superfaturavam seus serviços - e possíveis irregularidades na aplicação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) em municípios gaúchos.
presidente da República em exercício, José Alencar, elogiou ontem(8) a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que prendeu o sócio-fundador do grupo Opportunity, Daniel Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, supostamente envolvidos em organização criminosa. Sempre fui a favor de investigações rigorosas.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou ontem que a Polícia Federal tenha se prestado a algum interesse político ou cometido arbitrariedades na Operação Satiagraha.
O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, é acusado de oferecer US$1 milhão (aproximadamente R$1,6 milhão) a policiais federais que participaram da Operação Satiagraha, para que fosse excluído das investigações.
O procurador regional eleitoral em exercício, Alessander Wilckson Cabral Sales, solicitou ontem à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar indícios de fraude na ata da convenção do PT que homologou a candidatura da prefeita Luizianne Lins para disputar a reeleição.
A Polícia Federal prendeu ontem, na operação Vorax 2, dez pessoas suspeitas de desviar recursos públicos, fraudar licitações, coagir testemunhas e ocultar provas no município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o atual ministro do Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, são citados em relatório da inteligência da Polícia Federal enviado à Justiça como supostos colaboradores do banqueiro Daniel Dantas.
Em nota oficial divulgada na manhã de hoje (8), a Polícia Federal confirmou que deu início a uma ação para prender acusadas de envolvimento em crimes de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os acusados estão o dono do Grupo Opportunity, Daniel Dantas e o megainvestidor, Naji Nahas.
O inquérito da Polícia Federal que investiga desde novembro passado suspeitas de irregularidades no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) tem uma nova trilha de pistas a seguir.
Nas investigações relacionadas com a corrupção, desvios de recursos e lavagem de dinheiro, os promotores de Brasília vão trabalhar em parceria direta com agentes e delegados federais.
Os desdobramentos na Justiça da Operação Vampiro, uma das primeiras grandes ações da Polícia Federal no governo Lula, estão parados.