O procurador-geral da República , Antonio Fernando de Souza, está incomodado com o que chamou de "supervalorização do relatório" sobre o mensalão mineiro produzido pela Polícia Federal. Em conversas com interlocutores no fim de semana, o chefe do Ministério Público Federal disse que, a exemplo do procedimento adotado durante o processo do mensalão petista, vai se ater estritamente aos autos (27 volumes e 42 apensos) quando enviar ao Supremo Tribunal Federal, no início de outubro, a denúncia contra os implicados no esquema de arrecadação de verbas montado em 1998 para a campanha à reeleição do então governador de Minas Gerais, senador Eduardo Azeredo (PSDB). O que está sendo vazado para a imprensa pela Polícia Federal, sublinhou o procurador, não terá peso na sua convicção.