O homem apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos maiores traficantes de droga do Sul levava vidas distintas nos lados opostos do Rio Mampituba. Em Santa Catarina, esnobava sua fortuna. Freqüentava colunas sociais, jantava com políticos, desfilava com mulheres e aparecia em festas ao lado de artistas. No Rio Grande do Sul, onde era a sede do seus negócios, tinha uma rotina discreta. Não participava de farras noturnas, pouco saía do apartamento de dois quartos na Capital.

A polícia apreendeu ontem vários tipos de bebidas falsificadas em uma distribuidora no Bairro Mantiqueira, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O acusado, Francisco Ferreira Barbosa, de 32 anos, foi preso e autuado por crime contra a saúde pública e, se condenado, pode ter pena de um a três anos de detenção e multa.

BRASÍLIA. Depois de três anos de investigação, a Polícia Federal (PF) prendeu ontem, em sete estados e no Distrito Federal, 25 pessoas acusadas de desviar dinheiro de contas bancárias a partir de um sofisticado esquema de clonagem de cartões magnéticos. Para a polícia, essa é a maior quadrilha dessa modalidade no país. Nos últimos três anos, o grupo teria desviado mais de R$ 20 milhões.

O senador Francisco Dornelles convenceu vários senadores quando defendeu Renan Calheiros com o argumento de que no máximo ele só cometeu um crime tributário. Uma frase espantosa na boca de um ex-secretário da Receita que sabe a chaga que é a sonegação. É uma pena que Dornelles não tenha visto os outros fartos indícios de ilícitos cometidos pelo seu defendido.

FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dos mais contundentes defensores de Renan Calheiros, o senador e presidente do PP Francisco Dornelles (RJ) diz que fez uma defesa "técnica" do colega. Ele sustenta que só a Receita pode decretar que ele cometeu irregularidades e que crime contra a ordem tributária não é crime político. Leia abaixo trechos da entrevista:

"Como advogado do senhor Renato Duprat, e como cidadão e leitor assíduo deste respeitável veículo, que inegavelmente presta relevantes serviços jornalísticos ao país, não poderia deixar de externar minha absoluta indignação com a reportagem "Eles vão comprar para lavar dinheiro" (Esporte, 9/9), de Juca Kfouri, e também com a incompleta e absolutamente ineficaz "errata" que se seguiu ("Erramos", pág. A3, 11/9).

Para Ministério Público, eles integravam quadrilha que fraudava licitações

Pressionado pelo escândalo da parceria com a MSI e com parentes ameaçados, ele vai deixar de vez o Corinthians

Antigo ídolo de Corinthians, Palmeiras e Santos responderá em liberdade a pedido de extradição feito pelo Panamá, que apura ligação com traficante

Deve sair nos próximos dias a nomeação do engenheiro civil Rogério Menescal para a superintendência de gestão e estudos hidroenergéticos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Menções a ele foram feitas em escutas telefônicas captadas pela Polícia Federal na Operação Navalha, em maio, que investigava fraudes em obras da construtora Gautama.

Não são só os oito jogadores corintianos investigados que aparecem citados nas escutas da PF. Outros atletas têm seus salários e a forma de pagamento discutidos pelos dirigentes.

O Ministério Público Federal em Brasília encontrou indícios de que o então assessor de Renan Calheiros na Presidência do Senado cometeu crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção e peculato por ter operado contas não declaradas no exterior, segundo documento obtido pela Folha.