O delegado Pedro Luiz Pórrio e oito investigadores usaram um grampo autorizado pela Justiça para achacar supostos traficantes. Preso na terça-feira à noite, acusado de torturar e extorquir R$ 35 mil de um suspeito em Campinas, no interior de São Paulo, Pórrio conseguiu no Fórum de Osasco, cidade onde foi titular da Delegacia de Entorpecentes (Dise), permissão para interceptar conversas telefônicas. Mas, em vez de utilizar as informações para investigar, prender e incriminar a quadrilha, usou os grampos, o cargo e o aparato policial da delegacia para ameaçar e achacar suspeitos. Ontem à noite, os três policiais que ainda permaneciam foragidos após a decretação da prisão preventiva dos envolvidos se entregaram.